No controle da hiperpigmentação facial, o sol sempre foi considerado o inimigo número um. O uso de protetor solar é a primeira recomendação para quem tem melasma. No entanto, uma queixa é universal nos consultórios dermatológicos, especialmente no Brasil, em que muitos pacientes relatam que, mesmo usando protetor solar todos os dias e evitando o sol, ainda percebem que o calor piora o melasma.
Essa frustração é válida e tem uma explicação científica robusta. Embora a radiação UV seja o principal gatilho para o melasma, o calor é um agressor poderoso e, em certos aspectos, sua gestão é ainda mais complexa. A relação entre temperatura da pele e manchas é tão direta que, para um controle da hiperpigmentação eficaz, é preciso entender porque o calor piora o melasma.
O Gatilho Clássico: O Papel do Sol (UV) no Melasma
Antes de abordarmos o calor, é fundamental estabelecer a base científica. O melasma é uma condição crônica da pele que causa manchas escuras e irregulares. Ele tem várias origens, incluindo fatores hormonais (como gravidez e uso de anticoncepcionais) e uma forte predisposição genética.
No entanto, o principal fator que desencadeia e agrava o melasma é a alta exposição solar ao longo dos anos sem a devida proteção. A radiação UV estimula diretamente os melanócitos (células de pigmento) a produzirem melanina em excesso. Isso é um fato indiscutível. O problema é que a proteção UV, embora essencial, é apenas parte da solução.
O Agressor Oculto: Por que o Calor Pode Ser Pior que o Sol?
Quando dizemos que o calor pode ser pior que o sol, estamos nos referindo à sua natureza insidiosa e aos seus múltiplos mecanismos de ação que os protetores solares comuns não bloqueiam. Enquanto o UV inicia o problema, o calor perpetua o ciclo inflamatório.
Aqui estão os 4 motivos:
Motivo 1: O Calor é Onipresente, Indireto e Difícil de Bloquear
O primeiro motivo pelo qual o calor pode ser pior que o sol é a dificuldade em evitá-lo. Nós percebemos o sol e nos protegemos dele. Mas o calor (radiação infravermelha) é onipresente.
Ele não vem apenas do sol direto. Ele está no mormaço (calor ambiental), no vapor, e é até gerado pelo nosso próprio corpo. É crucial entender a diferença entre radiação uv e calor na pigmentação: o UV precisa de exposição (direta ou refletida), o calor pode ser gerado internamente (exercício físico intenso) ou estar em ambientes fechados e quentes.
É importante derrubar mitos: Há alguns mitos que dão conta de que secador de cabelo e sauna agravam o melasma. Isso não é verdade. As evidências científicas não sustentam que exposições pontuais e de curta duração sejam gatilhos relevantes. O problema é o calor sustentado. Há casos mais específicos que já foram estudados, como os de cozinheiras que passam muito tempo em frente ao vapor das panelas, que demonstram como a exposição crônica ao calor, mesmo sem sol, agrava as manchas.
Motivo 2: O Calor Ativa a Vasodilatação (Melasma Inflamatório)
Este é um dos mecanismos mais importantes. O calor piora o melasma porque ele não atinge apenas a célula de pigmento: ele atinge os vasos sanguíneos. Estudos dermatológicos mostraram que a pele com melasma é significativamente mais vascularizada (tem mais vasos sanguíneos) do que a pele saudável.
Quando a pele aquece, esses vasos se dilatam para tentar resfriar a área. Essa dilatação libera mediadores inflamatórios (como o VEGF) que “avisam” os melanócitos para produzir mais melanina. Isso cria o melasma inflamatório: um ciclo vicioso onde o calor causa inflamação vascular, e essa inflamação gera mais pigmento. A radiação UV não tem esse efeito vascular tão direto, tornando o melasma agravado pelo calor um desafio à parte.
Motivo 3: O Calor Penetra Mais Profundamente e Degrada o Colágeno
A radiação UV (especialmente a UVB) atinge a epiderme (camada superficial). A radiação infravermelha (calor), por outro lado, penetra muito mais profundamente, até a derme. Lá, ela causa danos estruturais silenciosos.
Estudos demonstram que a exposição ao calor (IR-A) aumenta a produção de enzimas (MMP-1) que destroem o colágeno. Isso não causa apenas rugas e flacidez, esse dano na “fundação” da pele desestabiliza o ambiente onde o melanócito vive. Um melanócito em um ambiente dérmico inflamado e danificado torna-se hiper-reativo, respondendo com mais pigmentação. Esses danos estruturais profundos são um dos motivos pelos quais o calor pode ser pior que o sol em determinadas situaçõs para a saúde da pele a longo prazo.
Motivo 4: O Calor Ativa a Melanogênese por Vias Celulares Próprias
Por muito tempo, pensou-se que o calor só piorava as manchas por causa da inflamação (Motivo 2). Mas pesquisas recentes mostraram que o calor ativa a melanogênese por uma via própria e direta.
Foi descoberto como o calor estimula a produção de melanina: o calor ativa receptores específicos nas células da pele (os canais TRPV). Essa ativação funciona como um interruptor, enviando um sinal direto para as células começarem a produzir pigmento como forma de proteção ao estresse térmico. Ou seja, o calor não é apenas um “efeito colateral” da inflamação: ele é um sinalizador direto para a ativação da melanogênese, assim como o UV.
A Solução: Como Proteger a Pele do Calor e da Luz Visível
Se o calor pode ser pior que o sol para o melasma, a solução não pode ser um protetor solar comum. Uma rotina antimanchas moderna exige uma estratégia de tratamentos que reduzem inflamação térmica e protegem contra todas as radiações.
Isso significa que você precisa de um protetor solar térmico, formulado para bloquear não apenas UV, mas também a radiação infravermelha (calor) e a luz visível (que também agrava as manchas). Além disso, a fórmula deve conter ativos antioxidantes para melasma para neutralizar os danos profundos (Motivo 3).
A Tecnologia Solent®: Proteção Contínua por 12 Horas
O controle da hiperpigmentação exige constância absoluta. A pele com melasma não pode ficar um minuto desprotegida. Um dos maiores problemas dos protetores comuns é a necessidade de reaplicação a cada 2 horas.
Para resolver essa falha crítica, a Ada Tina desenvolveu a exclusiva tecnologia Solent®, presente em todos os protetores da marca. Esta tecnologia de fotoproteção avançada garante 12 horas de alta proteção solar, de forma estável e contínua. Com uma única aplicação, você elimina a necessidade das tantas reaplicações ao longo do dia, garantindo que sua pele permaneça blindada contra os gatilhos do melasma de forma prática e segura.
Os Melhores Produtos para Controlar Melanogênese
Para combater um inimigo complexo como o calor que piora o melasma, é preciso usar os produtos mais avançados.
A Revolução Anti-Calor: Biosole Super Age FPS 90
Para quem busca o protetor solar térmico definitivo, a resposta é o Biosole Super Age FPS 90. Pioneiro em sua categoria, o Biosole Super Age FPS 90 é o primeiro protetor solar do mundo com ação anti-calor. Ele foi desenvolvido especificamente para combater os danos térmicos que aceleram manchas, melasma e a perda de colágeno.
Sua fórmula inovadora ajuda a reduzir os danos causados pelo aquecimento da pele. A Tecnologia Solent 400® (que inclui as 12 horas Solent®) oferece proteção contra 9 tipos de radiação, incluindo luz azul, luz visível e os raios UVA-Longo, os principais causadores de rugas e manchas profundas. Combinado com o exclusivo antioxidante Difendiox®, ele combate o estresse oxidativo e a degradação do colágeno, sendo ideal para peles com fotoenvelhecimento e para a prevenção no clima quente e ensolarado do Brasil.
A Solução 2 em 1: Pure C FPS 50 (Tratamento e Proteção)
O controle da hiperpigmentação também exige ativos antimanchas em protetores solares. O Pure C FPS 50 é um protetor solar profissional clareador que revoluciona a rotina antimanchas. Ele substitui a necessidade de usar protetor solar + sérum clareador, reunindo tudo em uma só fórmula.
Com 12 horas de proteção solar (Solent®) e 24 horas de proteção anti-melasma, sua fórmula é um coquetel de ativos antioxidantes para melasma: Vitamina C, Niacinamida, Vitamina E e Difendiox®. A tecnologia Lipoascorbil® garante que os ativos atuem nas camadas profundas, clareando manchas e melhorando a firmeza. Ele oferece uma abordagem completa, tratando a mancha existente enquanto protege a pele contra novos gatilhos, incluindo UV e luz visível.
Repensando a Proteção Solar no Melasma
Fica claro que a relação entre temperatura da pele e manchas é direta e complexa. A radiação UV é o gatilho inicial, mas o calor é o que perpetua a inflamação, o dano dérmico e a ativação celular, tornando o melasma agravado pelo calor um desafio crônico.
É por isso que, para o gerenciamento eficaz, o calor pode ser pior que o sol, pois é um agressor silencioso e mais difícil de bloquear. Uma rotina antimanchas de sucesso deve ir além do FPS, adotando um protetor solar térmico com proteção de amplo espectro (calor, luz visível, UV) e ativos antioxidantes para melasma, como o Biosole Super Age FPS 90 e o Pure C FPS 50.
Lembre-se: Sempre consulte um médico dermatologista para um diagnóstico preciso e para montar o plano de tratamento ideal para sua pele.
Referências científicas
- Espósito, A. C. C., Cassiano, D. P., da Silva, C. N., Lima, P. B., Dias, J. A. F., Hassun, K., Bagatin, E., Miot, L. D. B., & Miot, H. A. (2022). Update on Melasma—Part I: Pathogenesis. Dermatology and Therapy. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13555-022-00779-x
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- Diffey, B. L. (2001). When should sunscreen be reapplied? Journal of the American Academy of Dermatology. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11712033/
Texto por: Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e especialista em cosmetologia e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina. CRF-SP: 13.328

