Para quem busca um tratamento completo para melasma, a rotina é, muitas vezes, focada em um inimigo principal: a radiação solar ultravioleta (UV). O uso de um protetor solar para manchas e melasma é o passo mais recomendado por dermatologistas. No entanto, muitos pacientes seguem uma rotina antimanchas eficaz à risca e, mesmo assim, enfrentam o melasma recorrente ou a frustração de ver a hiperpigmentação facial piorar, mesmo sem exposição solar direta.
Se você já se perguntou por que o melasma volta mesmo sem sol, a resposta pode estar em um gatilho frequentemente negligenciado: o calor pode causar manchas. Sim, a sensação térmica, o mormaço e o calor infravermelho, independentemente da radiação UV, são fatores poderosos no agravamento desta condição.
Este guia técnico-científico tem o objetivo de ser uma fonte educativa sobre a complexa relação entre Calor e melasma. Vamos explorar os mecanismos científicos que explicam como o calor ativa o melasma e por que a sua estratégia de Controle da hiperpigmentação facial precisa ir além do FPS tradicional.
A Frustração Comum: “Uso Protetor Solar, Mas o Melasma Piora”
O melasma é uma condição dermatológica crônica e complexa. A frustração de ver que o melasma piora com o calor é real e cientificamente validada. Você pode estar em um ambiente interno, longe do sol, mas se o local for quente, ou se você cozinhar, usar o secador de cabelo ou até mesmo praticar exercícios físicos intensos, o calor pode causar manchas na pele.
Isso acontece porque o melasma não é apenas uma questão de pigmento: é uma condição que envolve inflamação e resposta vascular. O melasma sem exposição solar direta é possível porque outros estímulos, como o calor e a luz visível e luz azul (de lâmpadas e telas), também ativam as células produtoras de pigmento. Entender que o calor piora melasma é o primeiro passo para ajustar seu tratamento.
O Que Exatamente é o Melasma?
Antes de entendermos a influência do calor, é crucial definir o melasma. Trata-se de uma hiperpigmentação adquirida, crônica e recorrente, que se manifesta como manchas escuras e irregulares, geralmente simétricas, no rosto (bochechas, testa, buço).
Embora suas causas sejam multifatoriais, envolvendo predisposição genética, fatores hormonais (gravidez, anticoncepcionais) e a exposição solar, o processo central é a hiperatividade dos melanócitos, as células que produzem melanina. O que a ciência descobriu recentemente é que o calor é um dos principais gatilhos para essa hiperatividade.
Como o Calor Ativa o Melasma: A Conexão Térmica
A radiação solar não é composta apenas por luz UV (UVA e UVB). Ela também é composta por luz visível e radiação infravermelha (IV), que é a radiação que percebemos como calor. Por anos, a radiação infravermelha foi considerada inofensiva para a pele, mas estudos recentes mudaram drasticamente esse cenário, especialmente para quem tem pele sensível ao calor e melasma.
O calor pode causar manchas através de três mecanismos principais:
1. Vasodilatação e Aumento da Vascularização
O mecanismo mais direto de como o calor ativa o melasma é a vasodilatação. Quando a pele aquece, os vasos sanguíneos se dilatam para tentar resfriar o corpo, e é por isso que ficamos vermelhos.
Estudos dermatológicos mostraram que as áreas da pele com melasma têm uma vascularização significativamente maior do que a pele saudável ao redor. Esses vasos sanguíneos aumentados liberam substâncias (como o VEGF, Fator de Crescimento Endotelial Vascular) que estimulam diretamente os melanócitos a produzir mais melanina. Ou seja: mais calor -> mais vasos dilatados -> mais estímulo para manchas.
2. Inflamação Térmica e Proteínas de Choque Térmico
O calor excessivo é interpretado pela pele como uma agressão, desencadeando uma resposta inflamatória leve, que chamamos de inflamação térmica. Para se proteger desse estresse, as células da pele produzem “Proteínas de Choque Térmico” (HSPs, ou Heat Shock Proteins).
Pesquisas indicam que essas proteínas, embora protetoras em teoria, também podem sinalizar para os melanócitos aumentarem a produção de pigmento. É uma reação de defesa que, no caso do melasma, acaba piorando a condição.
3. Danos ao Colágeno e Efeitos do calor na produção de melanina
A radiação infravermelha (calor) penetra profundamente na pele, chegando até a derme. Essa exposição crônica ao calor demonstrou aumentar a produção de enzimas que degradam o colágeno (as metaloproteinases).
Isso não causa apenas envelhecimento e flacidez, mas o dano ao colágeno e à estrutura da derme (o “chão” onde o melanócito está) também desregula a produção de pigmento. Os Efeitos do calor na produção de melanina são, portanto, indiretos, mas profundos, piorando a saúde geral da pele e dificultando o tratamento para melasma.
Melasma Sem Sol: O Perigo do Calor Cotidiano
Quando falamos que o calor piora melasma, não estamos nos referindo apenas à exposição direta ao sol na praia. O melasma sem sol é uma realidade, pois a condição é agravada por fontes de calor que elevam a temperatura da pele de forma persistente, mesmo na ausência de radiação UV.
Os principais gatilhos térmicos no dia a dia que merecem atenção são:
- Mormaço (Calor Ambiental): A sensação de calor em dias nublados, mas quentes e úmidos. Este calor difuso e constante mantém a pele sob estresse térmico, o que pode ativar a inflamação térmica e os efeitos do calor na produção de melanina.
- Atividade Física Intensa: O exercício vigoroso eleva a temperatura interna do corpo. Isso provoca uma vasodilatação facial significativa (o rubor pós-exercício) que, em peles predispostas, pode estimular os vasos sanguíneos sob a mancha de melasma.
- Calor Ocupacional: Embora fontes de calor pontuais e de curta duração (como o uso rápido de um secador de cabelo) não sejam consideradas gatilhos relevantes, a exposição crônica e de longa duração ao calor intenso, como em ambientes de trabalho como cozinhas industriais ou fundições, é um fator de risco conhecido para o agravamento da hiperpigmentação facial.
Portanto, para quem tem melasma, gerenciar a exposição a essas fontes de calor intenso e prolongado é um passo importante no Controle da hiperpigmentação facial.
Proteção contra calor e manchas: A Necessidade de um Protetor Solar Térmico
Se o calor pode causar manchas, a proteção solar tradicional focada apenas em raios UVA/UVB é incompleta. Um tratamento completo para melasma exige uma nova categoria de produtos: o protetor solar térmico.
Um protetor solar térmico é formulado não apenas para bloquear a radiação UV, mas também para proteger a pele contra os danos causados pela radiação infravermelha (calor) e pela luz visível. Esses produtos geralmente contêm complexos antioxidantes potentes e tecnologias específicas que ajudam a dissipar o calor e a neutralizar os danos da inflamação térmica, oferecendo uma proteção contra calor e manchas muito mais robusta.
A Tecnologia Solent® e a Proteção de Longa Duração
Um pilar fundamental no controle da hiperpigmentação facial é a constância. A pele com melasma não pode ficar desprotegida. No entanto, a rotina de reaplicação a cada 2 horas é um dos maiores pontos de falha no tratamento.
Ciente desse desafio, a Ada Tina desenvolveu a exclusiva tecnologia Solent®, presente em todos os protetores solares da marca. Esta tecnologia garante 12 horas de alta proteção solar, fotoestável e contínua. Ao usar um protetor com a Solent®, você elimina a necessidade de reaplicações frequentes, garantindo que sua pele permaneça defendida contra os gatilhos do melasma ao longo de todo o dia.
A Solução Anti-Calor para o Controle do Melasma
Para quem sofre com o melasma recorrente e percebe que o melasma piora com o calor, a escolha do fotoprotetor é o passo mais crítico da rotina. É preciso um produto que trate a pele enquanto a protege de todas as radiações.
O Biosole Super Age FPS 90 foi desenvolvido exatamente para essa necessidade, sendo o primeiro protetor solar facial anti-calor. Ele é formulado especificamente para combater os danos térmicos que aceleram manchas, melasma e a perda de colágeno. Sua fórmula de altíssima performance une a Tecnologia Solent 400® (que inclui a proteção de 12 horas) com o exclusivo antioxidante Difendiox® e o Absorvedor Orgânico Anti-Idade.
Este protetor solar para melasma oferece proteção cientificamente comprovada contra 9 tipos de radiação, incluindo UVA Longo, luz azul, luz visível e, crucialmente, a radiação infravermelha (calor). Ao combater o dano térmico, o Biosole Super Age FPS 90 ajuda a prevenir a vasodilatação e a inflamação térmica, que são os principais mecanismos de como o calor ativa o melasma. Com toque seco, ultraleve e resistente à água, é a escolha ideal para o clima brasileiro e para peles que buscam o controle da hiperpigmentação facial e o tratamento anti-idade.
Uma Rotina Anti-Manchas Eficaz Pensa Além do UV
A ciência dermatológica é clara: o calor pode causar manchas e é um dos principais vilões para quem tem melasma. Focar apenas na proteção UV é deixar a pele vulnerável a um gatilho poderoso que pode estar presente na sua cozinha ou no mormaço.
Uma Rotina anti-manchas eficaz e moderna deve incluir a proteção contra o calor como um pilar central. A escolha de um protetor solar térmico avançado, que bloqueie a radiação infravermelha e a luz visível, é fundamental para o sucesso do tratamento para melasma e para evitar a frustração do melasma recorrente.
Lembre-se: o diagnóstico correto e a indicação do melhor tratamento para o seu caso de hiperpigmentação facial devem ser feitos por um médico dermatologista.
Referências científicas
Aqui está a referência científica formatada conforme solicitado:
- Espósito, A. C. C., Cassiano, D. P., da Silva, C. N., Lima, P. B., Dias, J. A. F., Hassun, K., Bagatin, E., Miot, L. D. B., & Miot, H. A. (2022). Update on Melasma—Part I: Pathogenesis. Dermatology and Therapy. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13555-022-00779-x
- Zhang, L., Zeng, H., Jiang, L., Fu, C., Zhang, Y., Hu, Y., Zhang, X., Zhu, L., Zhang, F., Huang, J., Chen, J., & Zeng, Q. (2023). Heat promotes melanogenesis by increasing the paracrine effects in keratinocytes via the TRPV3/Ca2+/Hh signaling pathway. Frontiers in Physiology. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10192915/
- Rodrigues, M., & D’Souza, A. (2022). Melasma: The need for tailored photoprotection to improve clinical outcomes. Photodermatology, photoimmunology & photomedicine. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9790748/
- Darr, D., & Friedman, P. (2018). The potential role of antioxidants in mitigating skin hyperpigmentation resulting from ultraviolet and visible light-induced oxidative stress. Photodermatology, photoimmunology & photomedicine. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30198587/
Texto por: Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e especialista em cosmetologia e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina. CRF-SP: 13.328
