O melasma, ou simplesmente manchas escuras da pele, está se tornando um dos problemas mais comuns entre a população brasileira e constantemente presente nos consultórios médico-dermatológicos. Múltiplas abordagens para o seu tratamento têm sido estudadas, incluindo o uso de protetores solares de amplo espectro, que inclui a proteção da pele contra os raios UVA e UVB emitidos pelo sol.
Luz azul e luz visível podem manchar a pele
A luz visível e a luz azul podem levar a formação de manchas escuras na pele de maneira semelhante à radiação ultravioleta, ou seja, os já conhecidos raios UVA e UVB, principalmente em pacientes com pele mais morena. Recentemente, um estudo publicado no Jornal de Fotodermatologia, Fotoimunologia e Fotomedicina, abordou a exposição de pacientes com melasma a luz solar intensa concomitante ao uso de fotoprotetores comuns, fotoprotetores que também protegiam contra a luz visível e o uso de cremes clareadores. O objetivo dos cientistas foi determinar se o uso concomitante de protetores solares que também protegem a pele contra a luz visível pode aumentar a eficácia de cremes clareadores, acelerando o processo de tratamento do melasma e clareando a pele mais rapidamente.
O protetor solar anti luz visível clareia a pele?
Neste estudo, participaram 61 pacientes portadores de melasma ou manchas escuras da pele. Após dois meses de uso concomitante de um creme clareador associado a um fotoprotetor que também protegia contra a luz visível, obteve-se resultados superiores no clareamento da pele a seguir:
– 15% de resultados superiores na escala MASI,
– 28% de resultados superiores nos valores colorimétricos,
– 4% menos deposição de melanina tecidual. Desta forma, a conclusão dos cientistas foi que o uso associado de cremes clareadores com fotoprotetores que protejam contra a luz visível levou a resultados superiores quando comparado ao uso associado de cremes clareadores com fotoprotetores comuns, e que a luz visível possui um papel importante na patogênese do melasma.