Melasma — Manchas escuras
O melasma tem se tornado um dos principais problemas de pele que afetam principalmente os indivíduos do sexo biológico feminino e, em especial, aqueles que não utilizam o protetor solar diariamente. Devido à dificuldade em seu tratamento, torna-se essencial entender de maneira mais aprofundada a sua etiologia e patogenesia.
Um estudo publicado no Pigment Cell & Melanoma Research revelou que a radiação ultravioleta emitida pelo sol e também os hormônios sexuais femininos, além dos processos inflamatórios, são consideradas as principais causas do melasma que são manchas escuras e hiperpigmentares que aparecem na pele em diversas regiões e idades, mas com prevalência na região facial.
Outros fatores que parecem atuar de maneira independente da exposição à radiação ultravioleta são os micro RNAs — RNAs não codificantes com 22 nucleotídeos que regulam a expressão gênica — que começam então a ter seu papel elucidado na etiologia e patogenesia do melasma.
De qualquer modo, o uso diário do protetor solar com FPS igual a 30 ou maior, associado a um monitoramento médico dos níveis de hormônios sexuais, principalmente nas mulheres, ainda são a maneira mais segura e eficaz de se prevenir o melasma.
Essa condição ainda é um problema da pele de difícil tratamento e deve ser monitorado por períodos prolongados, visto que não é incomum a sua recidiva ao final dos procedimentos mais comumente utilizados.
O uso de dermocosméticos antioxidantes e capazes de diminuir a velocidade de conversão da tirosina — a melanina atuante nas diversas etapas oxidativas do processo de formação deste pigmento — associado à técnicas de descamação e estímulo da renovação celular, constitui a base dos tratamentos mais eficazes disponíveis na atualidade.