Os efeitos fisiológicos do cigarro sobre a pele
A fumaça do cigarro tem sido associada a múltiplos efeitos negativos na pele humana. Os efeitos fisiológicos do cigarro sobre a pele advém da exposição crônica e não aguda ao cigarro, segundo um estudo publicado no Journal of Integrative Biology, que demonstrou que queratinócitos humanos cronicamente expostos à fumaça de cigarro demostraram uma diminuição na capacidade de cicatrização e aumento da expressão de metaloproteinases, em especial a MMP-9.
Proteômica confirma os malefícios do cigarro
Utilizando-se da proteômica, foram identificadas 4.728 proteínas, sendo que 105 destas proteínas foram superexpressas (aumentadas em mais de 2 vezes) e 41 proteínas foram sub-expressas (diminuídas em menos de 2 vezes) em queratinócitos humanos cronicamente expostos à fumaça do cigarro. Foram observadas alterações na expressão de várias proteínas envolvidas na manutenção da integridade da barreira epitelial incluindo a queratina, cistatina e periplaquina.
Cigarro altera a adipogêneses cutânea
O mesmo estudo revelou que a fumaça do cigarro ainda é capaz de influenciar diversas proteínas relacionadas a fatores regulatórios da adipogênese cutânea e de histonas, proteínas relacionadas a manutenção da integridade de cromossomos. Também foram detectadas alterações na expressão de proteínas altamente relacionadas ao estresse oxidativo, manutenção da integridade cutânea e resposta anti-inflamatória.
Antioxidantes protegem a pele contra a fumaça do cigarro
É importante destacar que o tratamento da pele com cremes antioxidantes puderam, ao menos parcialmente, proteger os queratinócitos da pele humana dos efeitos da fumaça do cigarro de modo que podemos comprovar que o uso de cremes com ação antioxidante podem retardar ou prevenir o envelhecimento cutâneo e o dano oxidativo causado pela exposição crônica a fumaça do cigarro e que fumantes passivos cronicamente expostos também podem sofrer gravemente com os efeitos maléficos do cigarro.